domingo, junho 1

Sleepless

As noites não têm sido minhas amigas. Aliás, têm sido tudo menos.
Re-acordei há pouco tempo com o Tomás a ligar me para eu ouvir a Joan of Arc, live no RIR, via chamada. 
Agora, para não variar, não consigo dormir. Começo a repensar tudo... Naquilo que eu devia ter feito hoje, mas não fiz; na mentira que me saiu tao perfeitamente bem quando a minha mãe me perguntou a origem dos arranhões no meu braço...
 Oh mas porque é que eu sou assim? O que é que se passa aí dentro Maria?

sábado, maio 17

Não sejas opaca, Maria

Não e como se eu me fosse matar já, aqui e agora. Nao é. E eu tenho a certeza de que nao era capaz. Mas há tanto tempo que esta infelicidade se anda a entranhar em todos os espaços livres do meu corpo. E a minha cabeça anda a mil, eu nunca descontraio, eu nunca paro de pensar... De cada vez que eu olho para o espelho um qualquer insulto salta dos meus lábios para aquele inocente reflexo. E já toda a gente tinha reparado no meu estado e, apesar de nao saber o que quero com esta onda de tristeza, sei que não era isso. Então parece que consegui encontrar maneira de sorrir sempre que estou acompanhada, e não custa assim tanto. E ao fim de contas é só isso que eles querem, que eu aparente estar alegre. Mas eu nao estou. E quanto mais entro pela noite, esta noite de lua cheia, 3 noites depois de completar 17 anos, mais sinto aflição. A minha cabeça ja não anda a mil. É pior que isso. A esta hora apetece me virar para alguém e contar tudo isto. Mas eu nao sei como. E, pensando bem, ninguem quer ouvir. Nem nas minhas histórias engraçadas as pessoas estão interessadas. Eu não sou interessante. Eu sou estranha, eu só queria ser diferente, não seguir o rebanho, marcar o meu proprio caminho. Neste momento, parece querer dizer prosseguir completamente sozinha. Mas o problema, é que na solidão há stress, há preocupações, há pensamentos maus e agressivos. Na solidão há pais que me querem ouvir contar histórias do meu dia de aulas. Bem, mãe, eu não tenho histórias. Estive 12 horas presa num edificio que eu odeio, a ser educada por adultos que são tão falsos quanto eu nestes dias e que escrevem "estava a espera de melhor" nas observações dos meus testes, os mesmos que eles me entregam com cara de desapontamento. Agora, mãe, nao só tenho de corresponder às tuas expectativas como às destes desconhecidos. A certa altura, no meio desse longo dia fui almoçar, e, cinco segundos depois de acabar estava na casa de banho a chamar nomes ao meu reflexo, outra vez. Deixa estar, mãe. Isto passa.
Já é tarde e eu sei que me vou arrepender, mas eu tentei. Eu rebolei e rebolei. Amanhã, ou ainda hoje, tenho de ir estudar. Tenho exames daqui a um mês, e espero que por essa altura já tudo tenha passado.


Maria maria maria o que se passa aí dentro?

sábado, janeiro 11

ja passou o natal. ja passou o ano novo. e agora?

as aulas recomeçaram à menos de uma semana. eu ja mal consigo aguentar me de olhos abertos.
este ano decidi escrever na minha agenda mais ao estilo de um diario, o que me tem deixado com menos vontade de vir para aqui escrever.

ainda o ano passado decidi que o skinny nao valia o meu tempo. agora sinto me mal porque nem um simples ola sou capaz de lhe dirigir. (espero que ele me desculpe por isso)

estou com os olhos mesmo pesados.

nos 2 ultimos dias voltei sonhar. cada um dos sonhos mais estranho que outro. no primeiro estava com a minha mae e atiramo nos para o rio e eu pesquisei, dentro de agua, 'ines e paula no rio mondego'. no outro fui torturada pela minha DT dentro da sala de aula com os meus colegas a assistir.
so a minha cabeça para se lembrar de coisas destas...